Bernardo LQN lê Quax em live e nos enche de alegria
- Digital Quack
- 9 de set.
- 4 min de leitura
Na última semana tivemos uma surpresa mais do que especial. O streamer Bernardo LQN dedicou um tempo da sua live para ler Quax, nosso quadrinho independente. A “LQN” em seu nome significa Lendo Quadrinhos Nacionais e mostra o quanto ele se dedica a apoiar e divulgar produções brasileiras.
Entre sua comunidade, Bernardo é carinhosamente chamado de B, e foi exatamente com esse clima próximo e descontraído que ele recebeu nossa obra. A experiência foi emocionante para nós, porque não só vimos nossa história sendo compartilhada com o público dele, mas também acompanhamos o carinho e a atenção que ele deu a cada página.
O que mais nos deixou felizes foi perceber o cuidado nos detalhes. O Daian, nosso desenhista, vibrou ao ver que o B reparou nas pequenas referências escondidas ao longo das páginas, aquelas que muitas vezes passam despercebidas. Para ele, foi como ganhar um reconhecimento silencioso de todo o trabalho minucioso que envolve a arte.
Eu, como roteirista, fiquei profundamente tocado pelo respeito e carinho com que o quadrinho foi tratado. Ver a Quax recebendo esse olhar atento nos dá ainda mais força para continuar criando e compartilhando histórias.
Outro ponto especial foi a participação da comunidade do B, que é extremamente engajada. A recepção calorosa fez nossos números crescerem no Instagram e no site, mostrando o quanto esse apoio coletivo pode impulsionar projetos independentes como o nosso.
Queremos aproveitar para recomendar o trabalho do Bernardo LQN. Sua dedicação em abrir espaço para quadrinhos nacionais é inspiradora, e poder contar com pessoas como ele dá ainda mais sentido ao que fazemos. Quem quiser acompanhar, pode encontrá-lo em suas lives na Twitch: twitch.tv/bernardolqn.
Além de ler a Quax em live, o B respondeu algumas perguntas que preparamos para ele. Extremamente atencioso e solícito, compartilhou suas impressões sobre o quadrinho e sobre as produções independentes.
Perguntas para o B:
O que te motivou a trazer quadrinhos independentes para suas lives?
B contou que sempre esteve envolvido com a produção independente, tendo participado do projeto Mangá Pride, um mangá feito em conjunto com vários amigos que durou cerca de três anos. Apesar de ter se afastado das produções por conta das responsabilidades do dia a dia, a vontade de contribuir com o movimento nunca desapareceu. “É como eu digo, a vontade de você fazer algo pela cena, não sai da sua cabeça”, comentou. Foi em uma conversa com o quadrinista Max Andrade, durante um evento no Circo Voador, no Rio de Janeiro, que ele percebeu a importância de ter influenciadores atuando dentro do cenário dos quadrinhos. A partir daí, encontrou nas lives uma forma de continuar apoiando a cena independente.
Qual foi a sua primeira impressão ao conhecer a Quax?
Ao conhecer a Quax, B. teve a impressão de que se tratava de um quadrinho voltado para um público mais adulto, lembrando a estética dos programas da Adult Swim. Ele destacou que, ao mesmo tempo, apreciou a estética vibrante e colorida e percebeu claramente o tom fantástico presente na narrativa.
Você comentou durante a live sobre alguns detalhes da arte. Qual referência ou detalhe mais te chamou atenção?
B. comentou que apreciou a diversidade dos personagens da Quax, destacando que cada um possui características e personalidades contrastantes. O que mais chamou sua atenção foi o fato de serem trabalhadores comuns, e ele se mostrou curioso para descobrir até que ponto estão comprometidos com a Quax, a empresa da história. Em relação às referências, ele percebeu uma semelhança com Rick and Morty, pelas viagens interdimensionais e criaturas estranhas, mas também notou uma vibe de Scooby-Doo, com um grupo de personagens viajando juntos em uma van.
Como você enxerga o papel de streamers e criadores de conteúdo no fortalecimento de produções independentes?
B. acredita que o papel de streamers e criadores de conteúdo é fundamental para o fortalecimento das produções independentes. Ele ressalta que, muitas vezes, os canais mainstream não dão atenção aos autores independentes ou não enxergam relevância neles, e que não existe uma linha editorial dessas grandes mídias que contemple a cena independente. Segundo ele, a LQN cumpre essa função ao focar integralmente em quadrinhos nacionais. B. também destaca que a própria cena nacional independente precisa se apoiar mutuamente e criar seus próprios influenciadores, já que o apoio externo parece pouco provável.
Sua comunidade é muito participativa. Qual o segredo para construir esse espaço tão engajado?
B. afirma que "As pessoas que fazem parte da LQN, já faziam parte e não sabiam", explicando que, quando o público percebe que as leituras são realmente integrais, independentemente do sucesso do quadrinho ou da experiência do autor, ele se sente no ambiente certo. Grande parte da comunidade é composta por autores, que na LQN podem testar suas obras, observar a reação do público e ter seu momento de destaque. Por isso, o espaço se caracteriza por um ambiente de celebração, entusiasmo e união.



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